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Vicioso.


Tic. Tac. Névoas, embriaguez sobre um oceano aberto. Mar revolto em suicídio virtuoso. São os ossos que ficam à mostra durante o dia que pincelam de pó e ilusão o rosto dos palhaços. Para uns, a vida. Para outros, a morte. Almas em desarmônica relutância. Frases perdidas, pensamentos descompensados. Você não vê? O quê? Continuam clamando por misericórdia, ambos indecisos. Vinte anos se passaram. Nada mudou. O fim continua semeando o meio e o início se faz ausente perante o precipitar da alvorada. Ela deveria ter notado que o tempo está acabando. A ampulheta nunca virou. Continuem de olhos selados, caros amigos. Continuem sonhando acordados. Um dia, eu prometo, tudo será escuridão.