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O confessar.

Eu poderia facilmente nomear essa sensação como tempos de inverno. Mas ainda há uma chama em mim, ínfima, quase ausente, que arde em algum lugar escuro, bruxuleante como estrelas de verão. Essa chama é o calor vital que me afasta da morte, resquício de uma esperança na qual os sonhos seriam experimentados com os olhos abertos - não apenas num intervalo de sono. Estaria tudo bem se "tempos de inverno" não fossem predominantes no lugar onde estou. Sinto minha alma lentamente abandonando o meu corpo. As luzes, fluorescentes, que me encantavam durante a infância estão todas apagadas agora. Posso dizer que sempre soube que haveria algo a ser feito, que existia alguém para ser encontrado, alguém que preencheria o vazio que se formou dentro de mim desde o nascimento. Hoje eu não sei mais. Uma nova perspectiva me visita, dizendo-me que eu poderia estar enganado. Talvez ainda haja alguma coisa para ser realizada, sim, mas é possível que eu tenha que fazê-la sozinho - superando o peso, contraditório seja, que aquele vazio me traz. E eu tenho medo, tenho medo de falhar.

2 almas penadas:

Anônimo

Esse medo da falha é comum a todos que arriscam um próximo passo. Dar um passo de olhos fechados e braços abertos. É tentar para conhecer o verdadeiro - seja ele bom ou ruim.

Erasermind

Seja ele bom ou ruim... É, você está certo(a).

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